Vencedores do Festival Caminhos do Cinema Português
Terminou, no dia 26 de Abril, a 16ª Edição do Festival Caminhos do Cinema Português, que decorreu em Coimbra. Foi uma semana intensa de cinema português, ao todo foram 65 filmes nacionais.
Aqui fica a lista dos vencedores com uma curta explicação por parte do Júri:
Grande Prémio do Festival – Aquele Querido Mês de Agosto, de Miguel Gomes
Prémio atribuído a um filme que revelou um impressionante, refrescante e estimulante valor artístico. De uma forma aparentemente simples e desenvolta, o filme consegue levar o espectador a reflectir sobre diversos aspectos essenciais ao fenómeno cinematográfico.
Melhor Longa-metragem – Entre os Dedos, de Tiago Guedes e Frederico Serra
Prémio atribuído pelo valor humano e social do filme, particularmente as poderosas interpretações dramáticas de Isabel Abreu, Filipe Duarte e Gonçalo Waddington.
Menção Honrosa – Goodnight Irene, de Paolo Marinou-Blanco
Prémio atribuído a um filme marcado pela construção fascinante e singular das personagens e por uma narrativa inquietante e angustiante. Destaque também para a excelente qualidade da direcção de fotografia.
Melhor Curta-metragem – Os Vigilantes, de António Gonçalves e Ricardo Oliveira
Prémio atribuído aos jovens realizadores pela originalidade, simplicidade e fluidez da narrativa apresentada e pela coerência e sobriedade manifestada pelos autores na construção fílmica.
Melhor Animação – Cândido, de Zepe
Prémio atribuído pela alta valia criativa do filme apresentado, onde se evidencia um cuidado excepcional numa construção gráfica complexa, diversa e rica das personagens e dos espaços.
Melhor Documentário – Falamos de António Campos, de Catarina Alves Costa
Prémio atribuído pelo excelente trabalho cinematográfico no campo do filme documental e pela importância do filme na justa divulgação da obra de um dos cineastas portugueses mais marginalizados na história do cinema em Portugal.
Prémio Revelação – Joana Cunha Ferreira
Prémio atribuído pelo envolvimento de Joana Cunha Ferreira num conjunto significativo de obras de grande valor artístico e cultural apresentado em competição no campo do documentário, concretamente Coração Independente (realização), O meu amigo Mike ao trabalho (direcção de produção) e Falámos de António Campos (direcção de produção).
Prémio de Imprensa – Mulheres da Raia, de Diana Gonçalves
Prémio atribuído devido a relevância da temática e a forma como a realizadora se envolveu para retratar as mulheres que se dedicaram ao contrabando na raia minhota nas décadas de 50 e 60. Com uma intimidade que a autora demonstrou ter alcançado através da sua vivência multicultural de ambos os lados da fronteira, recolheu depoimentos históricos emotivos, que apelam à eternização de um tema habitualmente esquecido.
Menção Honrosa – Falamos de António Campos, de Catarina Alves Costa
Prémio atribuído devido ao retrato de um cineasta amador que sonhava tornar-se profissional, numa demonstração de amor incondicional à Sétima Arte. A não concretização do sonho não impediu que se tornasse num dos nomes incontornáveis do Cinema em Portugal.
Prémio D. Quijote – Guisado de Galinha, de Joana Toste
Prémio atribuído porque conseguiu através da ironia, transmitir a mensagem sobre os portugueses assim como aqueles detentores de uma identidade mais universal, é do consenso do júri que este filme irá chegar tanto às audiências portuguesas como a outras nacionalidades, o qual deve ser um dos principais objectivos de um filme premiado com o Prémio D.Quijote.
Menção Honrosa – Corpo Todo, de Pedro Sena Nunes
O Filme provoca um enorme impacto no público devido ao seu forte apelo social na forma como aborda um assunto tão delicado, o qual consiste no ensaio de um grupo de pessoas deficientes para um espectáculo de dança. É um grande exemplo de um documentário o qual não só fala sobre um assunto de grande relevância social mas ao mesmo tempo não ignora a faceta estética de fazer cinema.
Por último o Prémio do Público – Prémio REN, foi decidido entre as votações dos espectadores/público do festival, e eles enquanto espectadores consagraram o filme: A Corte do Norte, de João Botelho
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